segunda-feira, 15 de novembro de 2021

MODAIS DE TRANSPORTES NO COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO FORUM AVALIATIVO PUC 2020 O Brasil é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros entre as principais economias mundiais. 58% do transporte no país é feito por rodovias - contra 53% da Austrália, 50% da China, 43% da Rússia, 32% dos EUA e 8% do Canadá, segundo dados do Banco Mundial (2017). A malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção no país, seguida da marítima (9,2%), aérea (5,8%), ferroviária (5,4%), cabotagem (3%) e hidroviária (0,7%), de acordo com a pesquisa Custos Logísticos no Brasil, da Fundação Dom Cabral. Se por um lado. essa evidente hegemonia do transporte rodoviário no Brasil revela algumas vantagens comerciais domésticas, por outro lado, expõe várias dificuldades do País se inserir internacionalmente de maneira competitiva Considerando essa informação, comente as seguintes questões: a) Descreva os fatores que contribuíram para essa hegemonia, apresentando as razões dessa condição. Motivos pelos quais o transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil Custos mais em conta O frete rodoviário ainda possui, mesmo com a multiplicação de pedágios, concessões e preços cada vez mais caros do óleo diesel, uma vantagem de custo considerável sobre o transporte em outros modais. Em relação à malha ferroviária, por exemplo, trens e composições até ganham vantagem no transporte de insumos e volumes gigantescos, mas quando a carga é heterogênea e fracionada, o transporte em caminhões é consideravelmente mais barato. O pequeno alcance da malha ferroviária, além disso, torna operações mais complexas problemáticas e acaba utilizando também o modal rodoviário em boa parte das transferências de carga e movimentações. Os custos de manutenção no transporte rodoviário também são consideravelmente mais baixos para o transporte rodoviário. E a despeito da falta de motoristas que aflige de tempos em tempos o segmento, alternativas limitadas como hidrovias e ferrovias, ou caras como o transporte aéreo fazem do modal rodoviário, de longe, o mais popular. Alcance do transporte rodoviário Ainda que em condições terríveis em muitos trechos, é possível dizer que muitas regiões do país somente podem ser alcançadas por meio de estradas e rodovias. Aeroportos e ferrovias levam a mercadoria apenas até determinado ponto da rota, de modo que em muitos casos a cobertura do trecho integralmente com o transporte rodoviário se mostra uma alternativa mais rápida e barata. Novas concessões rodoviárias devem oferecer melhorias em algumas rotas e, com isso, o domínio do modal rodoviário deve permanecer nos próximos anos. Flexibilidade de rotas Sem dúvida, o transporte rodoviário é bem flexível em relação aos itinerários (permitindo acesso a muitas regiões) e ágil, embora não possua grande capacidade para o deslocamento de mercadorias e pessoas. Lentidão na liberação Mesmo nos casos nos quais opções como o frete aéreo seriam mais vantajosas, a lentidão na liberação e despacho de mercadorias acaba tornando o transporte rodoviário uma opção interessante. Mercadorias podem aguardar semanas ou mesmo meses em postos de liberação, especialmente quando lidamos com comércio exterior. Mais frequente e comum, o transporte rodoviário acaba ganhando em agilidade nesses casos também. Frotas próprias Muitas empresas ainda não terceirizam totalmente suas necessidades de frete e operam também frotas próprias de caminhões – especialmente próximo às principais regiões metropolitanas. Nesses casos, melhor do que empregar outras soluções é fazer jus aos gastos com a manutenção e salários de pessoal em suas frotas dedicadas. Também é importante ressaltar que o Brasil possui muitas rodovias que conectam todas as regiões do país e, desde a década de 80, muitas delas sofreram o processo de privatização – o que melhorou a qualidade das vias. No total, são 1,8 milhões de quilômetros, onde 146 mil são de rodovias federais e estaduais asfaltadas e 54 mil dessa extensão está concentrada no sudeste do país. b) Quais seriam as vantagens no comércio doméstico? c) Quais as desvantagens para o país no comércio internacional? Muitas empresas decidem exportar a fim de crescer economicamente por meio da ampliação dos negócios e do comércio para além do mercado interno. Existem quatro tipos de exportação: 1. Direta: exportação realizada pelo próprio produtor, que fatura diretamente em relação ao importador. Para que essa atividade seja possível, é necessário que o fornecedor conheça todo o processo de exportação, como a documentação necessária, o mercado, embalagens, transações, etc. 2. Indireta: exportação na qual a venda de produtos e serviços é realizada por empresas que os adquirem para exportá-los. Nesse tipo de atividade comercial, o produtor não é responsável pela comercialização externa do produto. 3. Perfeita: a exportação é realizada sem o uso de intermédios no decorrer do processo de entrada do produto no país a qual é destinada. 4. Imperfeita: a empresa exportadora conta com uma alternativa para iniciar o processo de venda para o exterior em virtude da sua falta de experiência no comércio independente. O que é importação? Importação refere-se à atividade de compra de produtos, bens ou serviços vindos do exterior para outros países. Basicamente, é a entrada de itens estrangeiros em um determinado país. Mesmo apresentando grandes territórios e abundância de riquezas, nenhum país é autossuficiente. Dessa forma, é inevitável que os países importem itens ou mercadorias os quais não são capazes de produzir. Essas importações podem ser realizadas com o objetivo de abastecer setores industriais com matérias-primas, bens e serviços, viabilizar pesquisas ou abastecer a população com alimentos. Leia também: Setor primário da economia O processo de importação divide-se, basicamente, em três fases: 1. Administrativa: fase de autorização para importação aplicada segundo a operação ou o tipo de mercadoria que será importado. É responsável por gerar a licença para importação. 2. Cambial: fase de pagamento ao exportador, na qual a moeda estrangeira é transferida para o exterior. 3. Fiscal: fase de desembaraço alfandegário, que corresponde ao despacho aduaneiro por meio do recolhimento de tributos. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Vantagens e desvantagens → Exportação Vantagens Desvantagens Maior produtividade do país exportador em decorrência do aumento da escala de produção. Tempo de retorno financeiro mais longo, visto que as primeiras exportações podem não ser tão satisfatórias quanto a empresa esperava. Redução da carga tributária em virtude da compensação do recolhimento dos impostos internos. Em decorrência das grandes diferenças culturais, é necessário um maior cuidado com as mercadorias que serão exportadas a fim de que elas cheguem em perfeito estado. Aperfeiçoamento das empresas que exportam ao antecipar tendências do mercado, visto que precisam atender às normas e aos padrões internacionais. Se empresa não apresentar um grupo qualificado de funcionários, que falem outros idiomas, por exemplo, o comércio exterior pode ser um pesadelo. Fortalecimento da empresa, tornando-a referência nacional para outras que pretendam aventurar-se no mercado externo. Greves fiscais ou outros obstáculos podem dificultar ou atrasar as exportações, trazendo grandes prejuízos tanto ao exportador quanto ao importador. → Importação Vantagens Desvantagens Vantagem cambial quando a moeda do país importador é mais valorizada que a moeda do exportador. Se houver atrasos no período de entrega dos produtos importados, o país importador pode ter prejuízos. Oferecimento de estímulos do Governo Federal, no caso do Brasil. A falta de planejamento pode trazer falhas relacionadas à quantidade de produtos comprados. O período de importação é, normalmente, inferior ao período que se leva para produzir o produto importado. A falta de confiança entre importador e empresa exportadora pode gerar conflitos e prejuízos, principalmente, para quem está importando produtos. Redução de custos com produção e mão de obra. O Brasil exporta produtos para países como Estados Unidos, China, Argentina. Exportação e importação no Brasil O Brasil representa a 24ª maior economia exportadora do mundo. No ano de 2016, o país exportou cerca de 191 bilhões de dólares e importou 140 bilhões de dólares, resultando em um saldo comercial positivo de 50,7 bilhões de dólares. As exportações realizadas pelo Brasil são destinadas, principalmente, a países como China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Alemanha. Atualmente, o país consolida-se como o maior exportador mundial de carne bovina, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). No ano de 2018, as exportações da proteína alcançaram 1,64 milhões de toneladas, a maior marca já alcançada pelo país. Em 2010, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil foi o terceiro maior exportador agrícola do mundo. Os principais produtos exportados pelo Brasil são: Soja US$26,7 bilhões (2018) Açúcar US$10,8 bilhões (2016) Minério de Ferro US$14,1 bilhões (2016) Óleos de petróleo US$9,6 bilhões (2016) Saiba mais: Economia açucareira Em relação às atividades importadoras, no mês de janeiro de 2019, as importações brasileiras somaram US$ 14,201 bilhões. Entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018, as importações realizadas pelo Brasil somaram US$ 152,753 bilhões. Entre os principais países que exportam para o Brasil, podemos citar os Estados Unidos, China, Alemanha, Argentina e Nigéria. Os produtos mais importados pelo Brasil, além dos petrolíferos refinados, que representam cerca de 5,18% das importações brasileiras, são: Peças de veículos US$4,89 bilhões (2016) Medicamentos embalados US$3,31 bilhões (2016) Telefones US$3,14 bilhões (2016) Carros US$2,97 bilhões (2016) O que é melhor para um país: exportar ou importar? Exportação e importação são importantes atividades comerciais que estabelecem a dinâmica econômica de diversos países. Embora possam apresentar desvantagens, ambas são necessárias, já que atendem aos privilégios e deficiências do país. Quando nos referimos à balança comercial, obviamente, espera-se que ela seja positiva, ou seja, que o país exporte mais do que importe. Isso não significa, contudo, que a importação seja negativa, já que essa é uma forma de atender às necessidades em relação às mercadorias ou serviços que não são produzidos pelo país. Leia também: Economias regionais brasileiras

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